segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

03/02/2014 - Balada à la Harry Potter!

Já que a parte racional do meu cérebro permitiu que eu fosse à balada com minha amiga, eu fui. Eu tinha dito que não ia, mas meu nome acabou sendo sorteado para entrar VIP. Então, fiquei sem desculpas.

Da primeira vez que meu ex terminou comigo, eu não podia nem sequer pensar em beijar outro cara sem ficar com vontade de chorar. Na época, fui numa balada, beijei um rapaz bem bonito, mas dei uma desculpa pra ir no banheiro, e soltei líquidos por vias diferentes das que as pessoas geralmente soltam quando vão ao banheiro. Deus salve a maquiagem à prova d'água! Daí, da segunda vez que terminamos, eu percebi que ficar com outros não ia adiantar, e admiti um tempo de celibato pra mim.

Agora, pouco mais de um mês depois do término, minha amiga me convida pra ir numa balada. Coloquei na cabeça que eu ia só pra dançar e me divertir. Lógico que se os dois atores de Supernatural (qual é o nome deles?... googleing... ah, sim:  Jared Padalecki e  Jensen Ackles) aparecessem querendo me beijar, eu beijaria. Ia ficar com uma séria crise para decidir qual dos dois beijaria primeiro, mas beijaria. As chances deles aparecerem na balada eram as mesmas de eu me desapaixonar pelo meu ex em 3 segundos (3, 2, 1... olha só, ainda estou apaixonada pelo babaca!), então fiquei focada em dançar.

E dancei. E ri muuuuuuuuuito. Não apareceu nenhum ator de Supernatural, mas vinham uns caras bem engraçados falar comigo. Obviamente não fiquei com nenhum, já que não havia um menino sequer que me despertasse algum sentimento diferente de carinho espiritual. "Sorria pra ele enquanto ele fala, tadinho. Ele também é filho da criação divina.", pensava eu. "As baratas também são, mas tudo bem. Sorria".

Estava totalmente cética, quando percebi um moço bem bonito à minha esquerda. Foquei a imagem. Nossa, era realmente bonito. Achei que ele era idêntico ao ator que fez o Viktor Krum, personagem de Harry Potter. Por coincidência, dizem que sou parecida com a Hermione, que no livro tem um casinho com o Krum. Não pensei sobre o meu celibato: apenas sorri pra ele, de um jeito rápido e singelo, bem diferente do jeito que eu sorria para os caras que me faziam sentir apenas carinho espiritual. E então....

E então ele não deu a mínima!! Continuou dançando, longe de mim.
-Você precisa dar mais em cima - disse minha amiga, que viu a cena - Ele não deve ter entendido!
Meu orgulho já estava ferido demais com o término do meu namoro pra eu me importar com aquilo.
-Ele entendeu muito bem. - respondi, dando de ombros - Se ele quiser, que venha aqui.
E foi o que aconteceu depois de 5 minutos. Ele se aproximou (como a maioria dos homens em baladas, e também a maioria dos pássaros em acasalamento) e dançou perto de mim. Depois de um tempo, nos beijamos. E eu não senti vontade de chorar. O que eu senti? Sei lá. Era muito bom tê-lo ali. Mas se ele fosse embora, não daria a mínima.

Ele era muito mais alto que eu, então precisava abaixar bastante para dançarmos. Em alguns momentos, ele achou que era mais fácil me levantar do que se abaixar, e isso foi realmente divertido. Ele era muito forte, e eu sentia como se pesasse 3Kg.  E ficava lá, a cerca de 2 metros de altura, dançando sem colocar os pés no chão (se é que isso faz sentido). Ele era gentil e não tentou fazer nada além de me beijar, o que eu realmente gostei. Pra ser sincera, em um determinado momento eu achei que ele estava mais interessado em mostrar o quanto era bonito do que em desfrutar da minha beleza, pois a única coisa que fez foi pegar minha mão e colocar na própria barriga, para mostrar que todos os músculos da região era impecavelmente definidos. "Ok, já entendi. Eu poderia lavar todas as minhas roupas aí", pensei, tirando a mão rapidamente para mostrar que não estava interessada em contar quantos quadradinhos de músculo ele tinha no abdômen.

Então, depois de um tempo, eu vi minha amiga e disse que ia dançar com ela. Ele sorriu, pegou meu telefone, e agora é um contato no whatssap com quem eu provavelmente nunca falarei.  Ou falarei, sei lá.
Passei o resto da noite com uma sensação boa de liberdade. Não estava triste, não estava chorosa, não estava usando ninguém pra superar minhas dores. Pra ser sincera, eu não estava sentindo dores! Não era o máximo??
Mas, em compensação, me sentia a mulher mais fria do universo. Algo como "Legal, vou dançar. Ninguém aqui me atrai, reles seres humanos. Olha só, você é bonito. Vem aqui. Me beije. Ok, agora vou embora."

Mas tentei não me julgar. Era muito melhor estar fria do que carente. E ele era só um cara numa balada. Só um Viktor Krum. Acho que meu Rony Weasley ainda vai demorar pra aparecer. Antes que ele apareça, preciso matar o Voldemort!!! (Aquele-que-não-deve-ser-nomeado, outro apelido pro meu ex-namorado).


Meninas, era realmente igual! Ui!




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